Uma máquina de tatuar faz uma perfuração cada vez que vai injetar uma gota de tinta na pele. Visto que qualquer perfuração tem o potencial de infecção e transmissão de doenças, grande parte do processo de aplicação dá prioridade à segurança. Os tatuadores usam esterilização, materiais descartáveis e higienização das mãos para se proteger e manter seguros seus clientes.
Para eliminar a possibilidade de contaminação, a maioria dos materiais de tatuagem, entre os quais tintas, frascos de tintas, luvas e agulhas, precisam ser descartáveis. Muitos itens descartáveis vêm em embalagem estéril, que o tatuador abre na frente do cliente antes de começar a trabalhar.
Materiais reutilizáveis, como o tubo e a barra da agulha, são esterilizados antes de cada uso. O único método de esterilização aceitável é a autoclave, uma unidade de calor/vapor/pressão que costuma ser usada em hospitais. A maioria das unidades tem um ciclo de 55 minutos e mata todos os organismos presentes nos equipamentos. Para isso, uma autoclave usa tempo, temperatura e pressão em duas combinações distintas:
- uma temperatura de 121 ºC sob 10 libras de pressão durante 30 minutos
- uma temperatura de 132 ºC sob 15 libras de pressão durante 15 minutos
Antes de esterilizar os equipamentos, o tatuador limpa cada item e o coloca em uma bolsa especial. Uma fita indicadora na bolsa muda de cor quando os itens em seu interior estão estéreis.
Antes de começar a trabalhar, os tatuadores lavam e inspecionam as mãos para ver se há cortes ou lesões. Depois, eles devem:
- desinfetar a área de trabalho com viricida aprovado pela EPA;
- colocar sacos plásticos sobre os frascos de spray para impedir a contaminação de um pelo outro;
- explicar ao cliente o processo de esterilização;
- retirar todos os equipamentos da embalagem estéril na frente do cliente;
- depilar e desinfetar (com uma mistura de água e sabão antisséptico) a área a ser tatuada.
No Brasil, estava em processo final de regulamentação, em dezembro de 2006, o registro dos produtos usados na tatuagem, como pigmentos, agulhas e aparelhos. Pela proposta eles teriam que ser registrados na Anvisa como produtos para a saúde, ficando sujeitos às disposições da resolução RDC nº185/01.
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