quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Esterelização dos materiais


Uma máquina de tatuar faz uma perfuração cada vez que vai injetar uma gota de tinta na pele. Visto que qualquer perfuração tem o potencial de infecção e transmissão de doenças, grande parte do processo de aplicação dá prioridade à segurança. Os tatuadores usam esterilização, materiais descartáveis e higienização das mãos para se proteger e manter seguros seus clientes.

Para eliminar a possibilidade de contaminação, a maioria dos materiais de tatuagem, entre os quais tintas, frascos de tintas, luvas e agulhas, precisam ser descartáveis. Muitos itens descartáveis vêm em embalagem estéril, que o tatuador abre na frente do cliente antes de começar a trabalhar.

Materiais reutilizáveis, como o tubo e a barra da agulha, são esterilizados antes de cada uso. O único método de esterilização aceitável é a autoclave, uma unidade de calor/vapor/pressão que costuma ser usada em hospitais. A maioria das unidades tem um ciclo de 55 minutos e mata todos os organismos presentes nos equipamentos. Para isso, uma autoclave usa tempo, temperatura e pressão em duas combinações distintas:

  • uma temperatura de 121 ºC sob 10 libras de pressão durante 30 minutos
  • uma temperatura de 132 ºC sob 15 libras de pressão durante 15 minutos

Antes de esterilizar os equipamentos, o tatuador limpa cada item e o coloca em uma bolsa especial. Uma fita indicadora na bolsa muda de cor quando os itens em seu interior estão estéreis.

Antes de começar a trabalhar, os tatuadores lavam e inspecionam as mãos para ver se há cortes ou lesões. Depois, eles devem:

  • desinfetar a área de trabalho com viricida aprovado pela EPA;
  • colocar sacos plásticos sobre os frascos de spray para impedir a contaminação de um pelo outro;
  • explicar ao cliente o processo de esterilização;
  • retirar todos os equipamentos da embalagem estéril na frente do cliente;
  • depilar e desinfetar (com uma mistura de água e sabão antisséptico) a área a ser tatuada.

No Brasil, estava em processo final de regulamentação, em dezembro de 2006, o registro dos produtos usados na tatuagem, como pigmentos, agulhas e aparelhos. Pela proposta eles teriam que ser registrados na Anvisa como produtos para a saúde, ficando sujeitos às disposições da resolução RDC nº185/01.

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